A empresa usa "Equipamentos de Proteção Coletiva" quando instala um abafador nas fontes de ruído, filtros nos emissores de gases e proteções nas partes móveis das máquinas que possam causar danos à vida e saúde do trabalhador. O trabalhador, por sua vez, usa "Equipamentos de Proteção Individual" quando os "Equipamentos de Proteção Coletiva" não conseguem anular todos os riscos. Proteger os processos de produção e o ambiente de trabalho deveria ser a primeira preocupação das empresas, e só depois determinar se os "Equipamentos de Proteção Individual" serão necessários ou não.
Estive em uma indústria que eliminou o uso do capacete por ter eliminado todas as situações de risco que exigiam capacete. Faz sentido. Por que precisar andar de botas no quintal de sua casa se você pode eliminar as cobras?
Por isso é sempre melhor eliminar ou reduzir o risco do que precisar aumentar a proteção. Isto porque o uso de equipamentos de proteção individual têm suas desvantagens. Eles podem criar uma falsa sensação de segurança e fazer com que o trabalhador eleve seu patamar de risco.
Se você tem um carro velho com freio comum e pneus com meia vida, não vai arriscar andar em alta velocidade e deixar para frear em cima do caminhão à sua frente. Mas se tem um carro moderno e possante, com pneus novos e freios ABS, vai acabar confiando demais no equipamento e ficará sujeito a um risco igual ou maior do que viajando com o outro carro. Portanto lembre-se: não deixe de usar EPI quando necessário, mas também não deixe de procurar formas de eliminar os riscos para deixar sua atividade ou o ambiente de trabalho mais seguro.
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